terça-feira, 16 de novembro de 2010

 É preciso saber quando uma etapa chega ao final ;
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? 
Posso dizer para mim mesma que não darei mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na minha vida, serem subitamente transformadas em pó. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco. 
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amigas com quem já me fui embora e não tenho a menor intenção de voltar. 
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo no coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espero que devolvam algo, não espere que reconheçam o meu esforço, que descubram o meu gênio, que entendam o meu amor. 
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: digo a mim mesma que o que passou, jamais voltará!
Lembro-me de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na minha vida.
Fecho a porta, mudo o disco, Deixo de ser quem era, e transformo-me em quem sou. Torno-me uma pessoa melhor e asseguro-me de que sei bem quem sou eu próprio, antes de conhecer alguém e de esperar que alguém veja quem eu sou.
E lembro-me:

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.



   



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